sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Tubarão

Eu tinha uns dez anos ou pouco mais do que isso. E a censura era 14 ou sei lá quanto. Sei que não se falava de outro filme na cidade e todo mundo já tinha ido assistir. Todo mundo vírgula, eu ainda não!!! E não sei se era devido a importância que aquele filme tomou, não sei se porque naquele tempo ainda se respeitava alguma coisa, sei que entrar no cinema sem ter a idade certa estava difícil. Mas... a vontade era muita e a cara de pau maior ainda. Sei que eu, meu irmão e sei lá quem mais resolvemos tentar. Escolhemos um cinema de bairro, menorzinho, fiz uma maquiagem caprichada ( digamos caprichada demais!!!), coloquei uma roupa mais adulta e fui no carão, achando que minha altura me garantiria. Engano!!! Nem da roleta da entrada passei. Barrada pelo bilheteiro nem pude argumentar. De volta prá casa, maquiagem borrada pelas lágrimas só me restou esperar alguns anos pra ver na televisão que não tinha perdido nada. O filme era uma tosqueira!!!

domingo, 15 de novembro de 2009

Comemoração do vestibular

Quando eu passei no vestibular, Heloisa, minha melhor amiga também passou no mesmo curso que eu. Na minha casa não teve muita comemoração, apenas um abraço dos meus pais. E eu e ela fomos dar a notícia para os pais dela no sítio deles. Era julho, um frio danado e chegando lá foi a maior festa. Estouraram champagne, nos carregaram e...nos jogaram na piscina de roupa e tudo. Eu sem roupa para trocar, aquele frio cão e os bicos dos seios totalmente arrepiados e nada de voltarem ao normal. Uma dor que até hoje não esqueço!

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Grampo telefônico

Eu namorava com um, mas tava de olho no outro. E aí que o outro telefonou e eu marquei de sair com ele à tarde, no horário em que eu iria para a aula de dança. E combinei que ele me pegasse na escola de dança. E fui me aprontar toda. Na hora de sair meu pai perguntou onde eu tava indo e com quem ia me encontrar. Menti dizendo que ia pra aula e que depois o namorado ia me buscar. Então ele falou que tinha escutado na extensão e que a voz não era do namorado. Insisti que era e ele disse que então iria me acompanhar. Pânico total. O jeito foi ligar para o namorado e contar a verdade e pedir pelo amor de Deus que ele me livrasse dessa. E ele foi...
A espionagem corria solta na minha adolescência e olha que nem existia o PT ainda...